segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Por que Motos, ABS?


Yamaha XT600Z Ténéré 1988 - Uma marca forte na memória
Yamaha XT600Z 1989 - Uma marca forte na memória

Eu tenho que confessar duas coisas: a primeira que eu era muito mais fã de carros do que de motos e a segunda que eu roubei esse gosto por motos do meu primo (valeu Maurício!).

Embora sejamos geograficamente separados pela BR-040, nas férias de verão durante toda a minha infância eu tinha como destino o Rio de Janeiro, minha terra natal e onde mora ele e o restante família. Lembro que uma das brincadeiras que mais gostávamos, e que tenho vívida na memória, era sentar na mureta da varanda da casa de nossos avós, e fingir que estávamos em uma moto - ele na mureta maior em sua Harley, eu curvado em uma menor fingindo estar em uma super esportiva.

Antes dessa nossa brincadeira, ganhei de minha avó paterna um brinquedo que estava entre meus preferidos (depois do volante no berço, macacão e a Lotus do Senna): um Motorman (motociclista policial dos EUA) em uma Road King Police. Simplesmente foda - mas continuava preferindo minhas miniaturas de carros esportivos.

Ao contrário de muitos, não tenho nenhum motociclista referência na família, pelo contrário, tenho mais gente contra (embora hoje, até minha mãe esteja se animando com a ideia – verdade) como um pai incentivador ou um tio maluco. Mas por muitos anos, minha tia namorou um motociclista, que na maioria das vezes ia visita-la de moto.
E foi em uma dessas visitas que eu andei pela primeira vez de moto, na garupa de uma CBX 200 Strada amarela, pelos idos de 2000 (eu tinha uns 10 ou 12 anos) - aqueles 100 metros foram a centelha pra a combustão.


Honda NX 350 Sahara - E a vontade de ser piloto de rally
Honda NX 350 Sahara - E a vontade de ser piloto de rally


Nessa reflexão pra escrever o post, vi que mais motos me marcaram a memória do que carros, embora eu tenha frequentando eventos e corridas, colecionado revistas Fullpower e desenhado muito mais carros do que motos. Um exemplo é a lembrança da XT600Z Ténéré (1988) parada na entrada do prédio que morava, já uns 10 anos depois de sua fabricação, e pelo breve momento de uma visita, aquele monstro azul e amarelo me fascinou.

Uma outra moto que marcou, também nesse mesmo período, foi a NX350 Sahara. Sempre gostei muito de rally, e o Paris-Dakar ainda cruzava o deserto do Sahara, e contava com as participações de André Azevedo e do Jean Azevedo. Admirava a coragem de ambos nas motos (depois o André passou a pilotar caminhões). As motos de rally de endurance possuíam e ainda possuem aquela carenagem mais alta para proteção do mapa do terreno e hoje do GPS. A Sahara possuía essa mesma carenagem, o que me deixava maluco olhando pra magrela! Visual que retornou nessa década com a XT660Z Ténéré, mas talvez com uma aptidão mais estradeira do que off-road.


Interessante que quando relembro das motos que eu gostava quando moleque, todas elas são ou tinham características off-road, como as Ténérés, a Sahara, e outras que não contei as histórias, como a XLX250, Xl, DT 180 e as mais recentes XLR 200 Tornado e a XTZ 250 Lander. Porém uma mudança e uma moto mudaram o curso dessa história. 

Sete Galo, uma lenda
CBX750F - Sete Galo "Magia Negra" - Feitiço à primeira vista

Logo depois dessa “fase Rally”, me mudei para um prédio e logo depois de um ano ou dois, um vizinho adquiriu uma lenda: CBX750F Magia Negra! Que ronco era aquele?! Eu e meus amigos (infelizmente para o dono) tocávamos o terror naquela moto. Subíamos, trocávamos a marcha, acelerava, abria a torneira de combustível...Enfim, foi marcante a experiência (kkkk).  Depois dessa, outra esportivas passaram por este mesmo prédio, uma GSX750F e uma GSX1300R Hayabusa, encerrando ali (temporariamente) o meu contato com motos.

Aos 17, na eminência de tirar a carteira, eu recebia uma pequena bolsa auxílio do SENAI, e só pude tirar a carteira de carro na época (hoje eu agradeço, deixo subentendido o porquê), e desde então a roda-viva me girava na direção que ela queria e eu tinha pouco controle da situação.

"Faz o que tu queres pois é tudo da lei!"

Resolvi dar um basta, reassumir o controle do meu próprio caminho, retomar às atividades e paixões que possuía e que me faziam uma pessoa melhor. Foi nessa que montei na CG125 da moto escola. Uma sensação indescritível ao soltar a embreagem pela primeira vez e a moto sair andando. Nesse dia em diante, sabia que tinha mudado pra sempre. Vendi meu carro, comprei minha moto e desde então sou aquilo que queria ser. 


André Azevedo (ABS) – 26 anos, motoqueiro.



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Pra Começo de Conversa, quem são esses doidos?


Dois amigos com uma paixão em comum: Motocicletas. 


Da última vez que nos juntamos (em um evento de motos) decidimos tirar do papel essa ideia que pairava na cabeça a algum tempo...

”Cara, precisamos falar sobre motos”!

Depois de três horas de conversa, biblioteca de assuntos sobre duas rodas atualizada, enfim, foi decretado o início oficial do nosso projeto: Precisamos Falar Sobre Motos.

Ainda não sabemos muito bem no que isso vai dar, mas uma coisa você pode ter certeza, neste blog você vai ver muita moto, vai ler sobre moto, vai ficar por dentro das novidades do motociclismo, vai respirar gasolina e sujar a mão de óleo. 

Esse blog é sobre o universo de duas rodas, é sobre paixão! 

Sejam bem-vindos motociclistas e motoqueiros, ou como caralhos queiram ser chamados, aqui os rótulos deixamos para as cervejas.